domingo, 11 de maio de 2008

O Coração do Sufismo


Amei na vida e fui amado.
Bebi a taça de veneno das mãos do amor, como néctar, e fui elevado da alegria e da tristeza da vida.

Atravessei o inferno e lá vi o fogo furioso do amor,e entrei no céu iluminado pela luz do amor.

Chorei amando e fiz todos chorarem comigo;

Pranteei amando e transpassei o coração dos homens;

E quando meu ardente olhar caiu sobre as rochas,as rochas se projetaram como vulcões.

O mundo todo afundou no dilúvio causado por meu único pranto;

Com meu soluço profundo,a terra tremeu, e quando em voz alta clamei pelo nome do meu bem-amado,abalei no céu o trono de Deus.

Curvei bem a cabeça em humildade, e, ajoelhado, supliquei pelo amor.

"Eu te suplico, Ó amor, revela-me o teu segredo.

"Ela me tomou gentilmente pelos braços e me levantou acima da terra, e falou suavemente em meu ouvido,

"Meu querido, tu mesmo és o amor, és o amante,tu mesmo és o bem amado a quem adoras."

(Complete Sayings, 693)

Hazrat Inayat Khan

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