sábado, 16 de abril de 2011

Não posso ter um baobá, mas tenho por perto lindos cogumelos






Gostaria imensamente de ter um Baobá por perto, ouso dizer até que em meu jardim ou quintal, pois acho este gigantesco ser lindo, além de trazer a sensação de estar sempre acolhida quando desfruto de sua proximidade.
 Do baobá sereno...uma folhinha ou outra cai trazida pelo vento... lembro que preciso fazer  as fotos para o curso, saio andando e encontro estes cogumelos, fortes e imponentes apesar do  tamanho .
Cheguei juntinho deles e retratei-os vendo ao ao longe , desfocada, a imagem do baobá naquela manhã ensolarada .Cumprida a tarefa. Veio a mente esta reflexão:

Um homem, olhava a lua e pensava:
“Se tivesse um carro novo, seria feliz...
“Se tivesse uma casa grande, seria feliz...
“Se tivesse um excelente trabalho, seria feliz......
“Se tivesse uma parceira perfeita, seria feliz...
Nesse momento, tropeçou em uma pequena sacola
cheia de pedras e começou jogá-las uma a uma no mar.
E a cada vez dizia: “Seria feliz se tivesse...“
Assim fez até que restou apenas uma pedrinha,
que decidiu guardar.
Ao chegar em casa percebeu que aquela pedrinha tratava-se
de um diamante muito valioso.
Quantos diamantes teria jogado ao mar sem parar para pensar?
Muitas vezes nós também jogamos fora nossos preciosos tesouros,
esperando o que acreditamos ser perfeito.
“Se você ainda não pode ter o que sonha,
Dê valor e ame o que você tem!"

Diana Ramos

5 comentários:

  1. Post magnifico, minha querida Diana, neste sábado em que eu estou tão carentinha...rs...
    Meu genro viaja hoje para o Japão...
    Sei que preocupação não resolve nada, mas, que fazer?
    Ler a Diana, esta especial amiga, sensível como ninguém!!!
    Beijos, minha linda...

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  2. Saudade antecipada dos que estão indo,preocupação...
    Ah minha amiga, não há receita, porque a razão por mais que explique a inutilidade da preocupação não a arranca de nosso coração não é? O que podemos fazer é entregar a Deus e no seu caso seguir fazendo as poesias lindas rssssssss

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  3. O Baobá
    A primeira vez que topei com a palavra baobá, lembro, foi quando muito jovem li o “Pequeno Príncipe” de Saint Exupéry. Despertada a curiosidade consultei uma enciclopédia e descobri que se trata de uma árvore de aparência bem exótica para não dizer inusitada, nativa da África.
    Acho que “bem exótica” é eufemismo frente imagem dessa portentosa planta que pode alcançar altura de 5 a 30 metros e diâmetro do tronco de 7 a 20 metros, sendo que a relação entre espessura do tronco e altura da copa pode ser 15 por 10, por exemplo. Ou seja, a árvore pode ter o diâmetro do tronco maior que a altura da copa! Coisa de louco.
    O nome científico do vegetal é Adansonia digitata em homenagem ao naturalista francês Michel Adanson que o descreveu pela primeira vez. O baobá é um gênero de oito espécies de árvores, seis nativas de Madagascar, uma nativa do continente Africano e da Península Arábica e uma da Austrália, do estado de Queensland, onde é conhecida por bottle tree, a qual tive oportunidade de fotografar quando lá estive. A espécie do continente Africano também ocorre em Madagascar, mas foi transplantada para aquela ilha.
    Os botânicos do século dezenove ao “descobrirem” os baobás se valiam de datas gravadas em seus troncos para estimar suas idades. Há registros que os primeiros exploradores europeus no século quinze – portugueses por certo – gravavam as datas de suas primeiras visitas nos troncos das árvores, de modo que os estudiosos da flora nos séculos seguintes estimavam a idade delas por aquelas datas, coisa de uma imprecisão energúmena digna de curiosos dos primeiros tempos da ciência. Depois que se desenvolveu a técnica de análise de datas pelo decaimento do carbono quatorze, que permite saber a idade de seres orgânicos, os botânicos ficaram surpresos com a idade que o baobá poderia alcançar, alguns espécimes de Madagascar, constatou-se, teriam entre oito e dez mil anos de existência, idades próximas as de sequóias gigantes do Canadá e de cedros do Líbano, árvores que podem ter até dez milênios. Façamos uma comparação: quando Jesus viveu sobre a Terra, essas enormes árvores já eram adultas há muitos milhares de anos.
    Outra curiosidade, assim como outras grandes árvores como as castanheiras da Amazônia e as sequóias gigantes, os baobás funcionam como mini universos biológicos. Suas raízes, tronco, galhos, folhas e flores constituem um sistema complexo que abriga uma enorme variedade de seres que vivem e se alimentam por ali, alguns jamais deixando suas imediações por toda vida. Desde fungos e bactérias nas raízes até primatas nos galhos, passando por insetos, aves e répteis nos buracos dos troncos, galhos e folhas, a fauna que se abriga e faz do baobá sua fonte de alimento, chega a ordem de milhares. Considerando que a árvore pode viver muitos milênios, dá para imaginar milhares de ciclos vitais se desenvolvendo a custa e ao abrigo dela. É uma arvore que não solta raízes para os lados, e sim uma só raiz bem profunda que vai em busca de água.

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  4. Continuando
    Certa ocasião,vi um programa no canal Discovery que acompanhava a vida diária e as tentativas de reprodução de um casal de calaus, ave africana que tem aparato alar perfeito, mas que prefere andar pelo chão aos invés de voar, só alçando voo em emergências ou para acessar o ninho no alto. Esse casal nidificara em um buraco no tronco de um baobá imenso e aparentemente milenar. Ainda que o foco do ornitólogo cinegrafista fosse os calaus, a intrincada e buliçosa vida em torno deles não podia deixar de ser levada em conta, tendo em vista as interações de todo o sistema biológico a volta das aves. Dezenas de colônias de formigas patrulham o “território” de galhos e folhas em busca de possíveis parasitos que podem faze mal à árvore, em troca recebem néctar das flores, abrigo em fendas e buracos e seiva doce que exuda de algumas áreas do tronco; aves comem insetos e atraem répteis que comem seus ovos e filhotes; os répteis, como pequenos lagartos, vivem nos galhos e servem alimento aos calaus e macacos que também comem os frutos; frutos caem no rio abaixo e servem de comida para peixes que acabam transportando as sementes para outros lugares onde estas germinam e perpetuam o plantel de baobás em outras áreas.

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  5. Continuando
    Pela pesquisa que fiz na web, no Brasil existem bem poucos exemplares dessa planta. São conhecidas em torno de vinte e uma árvores no país. Em Pernambuco existe a maioria delas, dezesseis, três no Rio Grande do Norte, uma no Ceará e uma no jardim botânico do Rio de Janeiro. Mas, por que estou falando dessa árvore que, afinal, é oriunda de terras distantes e pouco se vê por aqui? Porque, justamente, vou plantar algumas em Floripa. Acontece que fizeram um aterro, tipo aterro do Flamengo, mas de tamanho bem menor, justamente aqui “debaixo de minha janela” por assim dizer e estão na fase de ajardinamento com plantio de grama e árvores. Consultei gente da prefeitura sobre a possibilidade de plantar uma árvore e me disseram não haver problema desde que ela fique alinhada com as demais. Como não lhes disse que tipo de árvore a qual pretendo plantar, colocarei algumas mudas de baobá bem em frente ao prédio que moro, pois comprei dez sementes através do Ebay para esse fim. Plantei as sementes em vasos e algumas já eclodiram e formaram mudas, depois as transplanto para este aterro chamado beira-mar continental.
    Como sonhar é válido e barato, me dou ao luxo de imaginar que daqui a dois ou três mil anos, algum curioso passante por estas plagas verá a majestosa e instigante árvore e ficará imaginando quem a teria plantado, ou como ela teria vindo parar aqui na terra dos menézinhos. JAIR, Floripa, 20/02/12.

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